Vendedores ambulantes sofrem prejuízos durante a pandemia em Recife
A cidade do Recife foi uma das primeiras do país a decretarem quarentena. Desde então, as atividades econômicas sofreram grandes prejuízos. Vendedores ambulantes e autônomos fazem parte de uma das categorias que passam por dificuldades em suas vendas.

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Categoria de vendedores ambulantes relatam queda nas atividades
Inicialmente, os vendedores ambulantes continuaram nas ruas, atuando no transporte público e nos locais mais movimentados da cidade. Porém, com a recomendação do Ministério da Saúde e da OMS, grande parte da população permaneceu em casa e as grandes lojas que não foram consideradas serviços essenciais fecharam.
Imediatamente, a queda nas vendas surgiu e muitos vendedores optaram por interromper as vendas.
Fiscalização ativa no centro da cidade
De acordo com Sérgio Paz, ambulante autônomo que trabalha vendendo pipoca e água no centro da cidade, muitos vendedores tiveram seus produtos confiscados e barracas interditadas.
“No início da quarentena, muita gente continuou tentando trabalhar. Nesse meio tempo, a fiscalização aumentou e a recomendação era de que todos fossem para casa. Porém, quem não seguiu, teve prejuízos.”, contou Sérgio.
Reabertura do comércio em Recife
Através de um novo Plano de Convivência com a Pandemia, encomendado pela Prefeitura do Recife e entregue no dia 11 de Junho, o comércio e locais públicos passam por um processo de abertura gradual.
Igualmente, durante a última semana, a população se dirigiu aos estabelecimentos que reabriram. Juntamente com a população, os vendedores ambulantes também saíram de suas casas e voltaram a seus locais de venda.
De acordo com Sérgio Paz, “muitos vendedores ambulantes não conseguiram receber o auxílio emergencial e a situação de quem não conseguiu era de necessidade. Agora, com as pessoas na rua, nós podemos voltar a vender nossos produtos.”.
Barracas ainda são proibidas
Apesar disso, as barracas dos ambulantes ainda não têm permissão para serem montadas nas calçadas do Recife. Dessa forma, a proibição vem com a necessidade de liberar os espaços de circulação e evitar aglomerações nos corredores de barracas.
Assim, os vendedores ambulantes estão liberados para a retomada de suas atividades. Porém, sem o uso de suas barracas. Como resultado, a concentração de ambulantes é nos locais mais movimentados da cidade e estes carregam poucos produtos junto ao corpo, além de pequenas vitrines, ganchos com produtos pendurados e afins.
“Para quem precisa, essa é a única opção. Pendurar os produtos no braço, ir andando para onde tem mais pessoas, gritar e chamar atenção. A maioria de nós sobrevive com a renda das vendas, então, não tem como ser de outra forma.”, finalizou Sérgio Paz quando questionado sobre os perigos de contágio.