Belo Horizonte, quinta-feira, 28 de julho, por Saulo Teixeira Rosa – o Itaú, outrora cético das criptomoedas, divulgou a inauguração de sua plataforma de tokenização. A divisão Itaú Digital Assets ficará encarregada de converter ações físicas em representações digitais. Além de trabalhar no setor de tokens, a nova unidade da organização fornecerá serviços de custódia para criptoativos.
Uma dos mais poderosos bancos do Brasil alegou anteriormente que as moedas digitais eram usadas para lavar dinheiro e que não estava disposto em investir neste mercado. Conforme apurou o blog Valor Diário, a maior corretora cripto do país, o Mercado Bitcoin, teve sua conta encerrada pelo banco em 2015. O banco justificou “desinteresse comercial na manutenção da conta”. No entanto, a empresa foi à Justiça para obter uma conta reaberta.
Itaú muda sua consideração sobre Criptomoedas
Em relação à nova posição, o banco explicou que o mercado mudou nos últimos 5 anos. A instituição destacou as ferramentas que permitem às empresas estudarem melhor a linha do tempo de negociações, bem como as ferramentas KYC “conheça seu cliente” como sendo elementos essenciais para o novo posicionamento da organização. Sendo assim, o grupo não descarta oferecer Bitcoin, Ethereum e outras criptomoedas para negociação na plataforma no futuro.
O maior banco privado do Brasil demonstrou com o lançamento da plataforma de tokenização que reconhece a capacidade do mercado e se tornou o primeiro banco “tradicional” a entrar completamente no mercado de cripto. O Santander já usa blockchain para transações internacionais transferindo recursos financeiros, mas a proposta do Itaú é única.

Como a tokenização do itaú vai funcionar?A nova unidade do banco trabalhará em tokenização, negociação de tokens no mercado secundário e uma solução “Tokens as a service” (TaaS ) que autoriza outras firmas a emitirem seus tokens usando a plataforma Itaú.
O Itaú havia realizado seu teste inicial emitindo um comprovante de recebimento com valor total de R$360 mil e prazo de vencimento de 35 dias. Por fim, após este primeiro teste bem-sucedido, a instituição deveria ligar a seção de tokenização com os demais produtos disponíveis nas plataformas.
O Itaú destacou ainda que sua nova plataforma não tem conexão com a Liqi, exchange de tokenizer e criptomoedas que recebeu em janeiro um investimento de R$27,5 milhões da instituição. O objetivo é desenvolver um sistema de tokenização dentro da infraestrutura do próprio banco.
Por ora, o Blockchain é um caminho sem volta para a digitalização das empresas. Sendo assim, a segurança desta arquitetura digital é referência para todos os seguimentos da economia. Por fim, se você gostou deste conteúdo, considere assistir o vídeo do canal “O casal da bolsa” falando mais sobre este processo digital do Itau. Em suma, é isso! Até a próxima!