Belo Horizonte, quarta-feira, 4 de maio, por Saulo Teixeira Rosa – O mercado como um todo está otimista com os resultados do setor de localização de veículos. Portanto, a Movida (MOVI3), a primeira empresa do setor a divulgar os resultados financeiros do primeiro trimestre, confirmou essas expectativas. A empresa encerrou os três primeiros meses do ano com lucro bruto e crescimento nos principais indicadores financeiros, tanto na base anual quanto trimestral.
Portanto, o site Valor Diário apurou os resultados da empresa e como esperado, esse bom desempenho se acelerou, mas com a falta de chips e semicondutores no mercado, as locadoras viram uma demanda distinta das vendas anteriores e, como resultado, as vendas subiram para preços mais altos.
Resultados da Movida no primeiro trimestre
Primeiramente, a Movida fechou o trimestre com receita bruta de R$2,09 bilhões, cifra record e o dobro dos R$ 876 milhões contabilizados há um ano. Entretanto, a receita líquida ficou em R$1,97 bilhão, aumento de 144% na base anual.
O resultado operacional (Ebit) foi positivo em R$650 milhões, com margem de 33,1%; o lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi de R$ 863,1 milhões, com margem de 43,9% — semelhante à receita, tanto o Ebit quanto o Ebitda mais que dobrou em um ano.
Por fim, entre janeiro e março deste ano, a receita líquida da Movida foi de R$ 258,1 milhões, um aumento de 135,7% na comparação anual. Chama a atenção, também, a evolução sequencial de todas essas linhas, que está em expansão em relação aos números reportados no quarto trimestre de 2021.

Movida tem record de vendas de seminovos
Contudo, para entender melhor o balanço da Movida (MOVI3), é necessário conhecer detalhadamente o funcionamento do sistema de locação de veículos. De modo geral, o ciclo de negócios é dividido em três etapas: a compra de veículos zero milha de concessionárias; a disponibilidade desses veículos para um negócio baseado em localização; e a venda desses veículos por um preço semi – novo após um determinado período de uso na frota de aluguel.
Portanto, por conta da escassez de veículos zero quilômetro nas concessionárias, a parte final desse ciclo está rendendo maiores lucros para o segmento: com o mercado de seminovos cada vez mais concorrido, as locadoras estão alcançando maiores margens de lucro no segmento de seminovos.
Por fim, no total, a Movida vendeu 15.225 veículos no terceiro trimestre, quase triplicando o número de um ano atrás; o preço médio de venda de um carro novo foi de R$64.467, um aumento anual de 24%. Em outras palavras, a empresa vendeu mais veículos a um preço mais alto – portanto, a combinação ideal para uma margem de lucro.
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Movida (MOVI3) bom ponto de entrada das ações
Contudo, as ações da Movida (MOVI3) vêm apresentando bom desempenho na bolsa, com ganhos de 16% desde o início de 2022 e alta de 25% em seis meses. Entretanto, os temores de uma potencial perda de market share em decorrência da fusão entre Localiza (RENT3) e Unidas (LCAM3) parecem estar se dissipando rapidamente. Os remédios usados pelo Cade para aprovar a fusão entre os rivais também parecem estar ajudando.
Contudo,segundo dados do TradeMap, as ações MOVI3 são cobertas por 13 casas analíticas — 10 recomendações de compra, mas três neutras — com preço médio de R$25,13; quando comparado ao preço de fechamento da última sexta-feira de R$18,15, porém, há um potencial de valorização de 38%. Para maiores detalhes confira a reportagem de Rafael Bevilaqcua do UOL do dia 03/05.
E aí gostou do conteúdo? Deixe nos comentários para sabermos a sua opinião. Por fim, para fixar a matéria, considere assistir o vídeo do canal “Investidor Amador” falando mais sobre os resultados da Movida neste primeiro trimestre. Em suma, é isto! Até a próxima!
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