O Ministério da Economia contabilizou mais de 804 mil trabalhadores demitidos em 45 dias desde o início da pandemia do Coronavírus no Brasil. Estima-se que o número chegue a 1 milhão de demitidos.
A previsão é de que, mesmo com medidas provisórias que tratam de redução de jornada e salário, a situação relacionada a demissões em massa irá crescer nos próximos dias e talvez meses.
Solicitação de seguro desemprego
Unindo o mês de Março e a primeira quinzena de Abril, chegaram a cerca de 804 mil as solicitações de seguro desemprego. Mas o Ministério da Economia acredita que muitos brasileiros demitidos não solicitaram o seguro desemprego, devido ao isolamento social.
O Ministério da Economia acredita que cerca de 200 mil trabalhadores demitidos ainda não solicitaram o seguro desemprego. Esse cálculo chegaria a 1 milhão de demitidos ao total para solicitar o benefício.
Devido às agências de trabalho fechadas e a falta de conhecimento sobre o atendimento online, acredita-se que muitos estão aguardando o isolamento social se tornar menos rígido.
O número de 1 milhão de demitidos está sendo calculado durante 45 dias, sendo o mês de Março e a primeira quinzena de Abril. Nos próximos meses há previsão de que o total seja mais do que 1 milhão, mesmo com as MPs de redução salarial.
Como o Governo calcula o número de 1 milhão de demitidos?
A estimativa total de trabalhadores demitidos que ainda não solicitaram o seguro desemprego é proveniente dos números históricos que vêm sendo considerados uma base de cálculo. Segundo o Governo, sempre que um trabalhador é demitido, o empregador precisa prestar contas.
Cerca de 65% dos demitidos solicitam o seguro desemprego após o Governo ser avisado sobre o desligamento do funcionário. Além desse cálculo, houve uma média de queda na solicitação presencial do benefício. Que foi de 59,6% em Março e caiu para 8,7% no mês de Abril. Assim, o cálculo chega a 1 milhão de demitidos.
Previsões positivas
Mesmo que o Governo acredite que o número de 1 milhão de demitidos é uma certeza, estima-se que o número de desempregos não chegue a ser devastador como foi previsto no início da quarentena do Coronavírus.