Esporte Clube Bahia perde 36% de receitas com sócios-torcedores na pandemia

A pandemia de coronavírus causa impacto direto na economia nacional. No futebol, não poderia ser diferente, mesmo nas principais equipes do país. No caso do Esporte Clube Bahia, a paralisação das competições faz com uma queda brusca seja registrada nas receitas provenientes de sócios-torcedores.

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Por que o plano de sócios-torcedores é tão importante?

Assim como os demais clubes que disputam a primeira divisão do Campeonato Brasileiro, o tricolor baiano sofreu perda de 70% nas cotas de TV pagas mensalmente pela Rede Globo – assim como a suspensão de pagamentos de patrocinadores.

No caso da Rede Globo de Televisão, as cotas são pagas aos clubes que possuem contrato de TV aberta ou fechada com a empresa, além do pay-per-view. Mas, se não há jogos para serem transmitidos, a emissora carioca decidiu reduzir drasticamente os repasses nesses meses.

Já os patrocinadores se veem obrigados a cancelarem os repasses mensais dos meses de paralisação no futebol por não haver onde serem anunciados pelos clubes. Se não há jogo na TV, não há divulgação da marca.

Com isso, o plano de sócios se torna uma arma ainda mais importante para as equipes brasileiras, como por exemplo o Bahia. É através dessas receitas que os clubes estão conseguindo manter pagamentos em dia e honrar compromissos.

Esporte Clube Bahia registra queda de 36% nas receitas de associados

Sócios são aqueles torcedores que pagam uma mensalidade para terem benefícios exclusivos. No caso do Bahia, existe a modalidade de associados que ganham acesso a todos os jogos, além de descontos na compra de produtos oficiais e em empresas parceiras.

No mês de março, o valor recebido pelo clube proveniente de receitas de associados foi de R$ 2.945.135,77.

Já em abril, após um mês de pandemia, o Bahia divulgou que houve uma queda de R$ 1 milhão na arrecadação com os associados. O valor total de receitas com sócios foi de R$ 1.942.697,36.

Portanto, queda de 36% no faturamento com o plano de sócios-torcedores. Para o presidente do clube, Guilherme Bellintani, essa redução causa impacto direto no orçamento previsto para o Esporte Clube Bahia ao longo de todo o ano de 2020.

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Impacto da redução de receitas de sócios-torcedores no Bahia

De acordo com o presidente do time tricolor, o plano de sócios corresponde a 25% do orçamento traçado pelo Bahia para 2020. A afirmação foi feita por Guilherme Bellintani em uma live com conselheiros na noite de segunda-feira (01).

“O orçamento projetado para o Bahia enviado para o Conselho Deliberativo esse ano foi de R$ 165 milhões, mas na prática era esperado atingir o mesmo de 2019 ou até crescer um pouco para R$ 180 milhões a R$ 200 milhões. Desse valor, 25% corresponde ao plano de sócios”.

Assim, a diminuição nos pagamentos causa preocupação.

“Tivemos uma queda de 36% no pagamento de março para abril. De abril para maio, mais uma queda significativa que ainda não sabemos de quanto foi. A gente espera que isso em junho fique estagnado ou até volte a crescer”.

Abril foi mês de prejuízo nas contas do Esporte Clube Bahia

Em abril, o Bahia registrou queda nas receitas provenientes de todos os setores do clube. Com isso, o clube também fechou o mês no vermelho. Assim como já era de se esperar. O prejuízo ultrapassou a casa de R$ 1,4 milhão.

Resultado final do fluxo financeiro do Bahia de fevereiro, março e abril (em R$):

• Fevereiro: -158.609,86
• Março: 290.30,64
• Abril: -1.411.660,58

Número de sócios triplicou em dois anos e meio

Guilherme Bellintani se tornou presidente do Bahia justamente em votação aberta, escolhido pelos sócios-torcedores do clube. Na ocasião, cerca de 14 mil torcedores eram associados. Dois anos e meio depois, o número aumentou para quase 45 mil.

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