Fechamento de micro e pequenas empresas aumenta no Brasil durante a pandemia; veja

As micro e pequenas empresas estão sendo as mais prejudicadas durante a pandemia. É que com a pandemia causada pelo novo coronavírus, muitas empresas estão sendo impactadas, tanto com a burocracia financeira, quanto na gestão. Em muitas cidades do país, com as portas fechadas as empresas sentem os efeitos da pandemia.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Sebrae divulgada em maio, a situação financeira da maioria das empresas (73,4%) já não estava boa antes mesmo da crise da Covid-19. E com a pandemia, muitas delas não conseguiram manter o negócio. Até abril, ainda de acordo com o Sebrae, pelo menos 600 mil micro e pequenas empresas fecharam as portas e 9 milhões de funcionários foram demitidos em razão dos efeitos econômicos da pandemia do novo coronavírus.

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Fechamento de micro e pequenas empresas em Santa Cruz do Sul (RS)

O fechamento de micro e pequenas empresas é visível ainda em cidades menores como Santa Cruz do SUL (RS) com cerca de 130 mil habitantes. É que dados que foram fornecidos pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) local, 257 pequenos empreendimentos fecharam em Santa Cruz do Sul de março até junho deste ano.

Uma das empresas é de Juliana Barbosa, 43 anos, que comercializa roupas. Segundo ela, em conversa com a redação do Valor Diário no dia 13 de julho, a loja de três anos não conseguiu sobreviver a crise da pandemia, e em maio já fechou as portas: “Pagar aluguel, um funcionário, fornecedores e com poucos clientes impediu que a loja continuasse. Muitas pessoas optaram em comprar online”, esclareceu a empresária que relatou ainda a dificuldade de conseguir empréstimo.

Expectativa é grande em Santa Cruz para anúncio da bandeira

micro e pequenas empresas
Fechamento de micro e pequenas empresas aumenta no Brasil durante a pandemia; veja Foto – Estado do Rio Grande do Sul

Desde o início da pandemia autoridades já afirmaram que o pico da pandemia seria diferente em cada região do país. Consequentemente, a região Sul iria sentir mais os efeitos e aumento do número de casos no inverno. E foi o que aconteceu. No Rio Grande do Sul, os casos de pessoas com coronavírus aumentaram significativamente nas últimas semanas, o que também foi sentido nas cidades do interior, como é o caso de Santa Cruz do Sul, distante 150 km da capital Porto Alegre.

E o Estado do Rio Grande do Sul tem trabalhado com o distanciamento controlado através do anúncio de bandeira. Semanalmente o Estado apresenta orientações sobre a bandeira do município, de acordo com a região.

As bandeiras são uma medida dentro do modelo de distanciamento controlado do Governo Estadual, elaborado para diminuir o contágio do novo coronavírus no Rio Grande do Sul. Elas são de cor amarela, laranja, vermelha e preta. Quando se encontra em vermelha, apenas estabelecimentos que são considerados fundamentais podem abrir, os demais devem seguir fechados.

E na sexta-feira (10), foi divulgado pelo Estado do Rio Grande do Sul o novo mapa de distanciamento controlado. A região de Santa Cruz do Sul (R28) foi classificada com a bandeira vermelha – que, representa risco de contágio da pandemia do coronavírus. Ou seja, se mantida, apenas o comércio essencial pode abrir, e o comércio lojista fecha as portas.

As autoridades encaminharam ao Estado no final de semana o pedido de recurso. O resultado deve sair nas próximas horas. Toda a comunidade se encontra apreensiva e acredita que a região deve voltar a bandeira laranja, para que – dessa forma o comércio não seja prejudicado.

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