A divulgação da queda de 1,5% do PIB (Produto Interno Bruto), divulgado ontem (29) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) aponta um recuo na economia brasileira, consequência da queda do consumo das famílias, bem como a diminuição dos serviços da indústria.

Essa foi a maior baixa do Produto Interno Bruto (PIB) desde o recuo de 2,1% registrado no segundo trimestre de 2015. E mostra que o consumo das famílias tem um forte impacto na economia brasileira. A expectativa é de um tombo ainda maior no 2º trimestre, com uma queda mais acentuada do PIB.

Leia também: Câmara aprova negociação de dívidas das empresas do Simples Nacional

Ministro da Economia fala em retomada em V

Em uma exposição durante um seminário do BNDES sobre o mercado de gás na sexta-feira (29), Paulo Guedes, ministro da Economia falou sobre a retomada da economia:

“Caímos rápido, e a volta depende de nós mesmos. Falo em (retomada em) V porque os sinais vitais da economia brasileira estão mantidos, mas evidentemente, dependendo de nossa reação por ser um U ou vira um L”, disse Guedes. “Prefiro trabalhar com V, pode ser meio torto, com subida um pouco mais devagar”, acrescentou.

Para ele, no início do ano a economia brasileira estava decolando:

“A impressão que eu tinha – com as exportações 6% acima do ano passado, investimentos diretos acima do ano passado, impostos no primeiro bimestre 20% acima do ano passado. As indicações são de que nós estávamos começando a andar”, afirmou Guedes durante o evento.

E ressaltou a importância de uma força conjunta para a retomada econômica:

“Precisamos de cooperação, colaboração, compreensão, solidariedade”, destacou o ministro.

Leia também: Coronavírus: após período de alta, economia recua 20,2 pontos em maio