Coronavírus: após período de alta, economia recua 20,2 pontos em maio

A Fundação Getúlio Vargas divulgou o indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) na quinta-feira (28). Em maio houve queda de 20,2 pontos, indo para 190,3 pontos, após acumular alta de 95,4 pontos no bimestre março-abril. A queda é o reflexo dos efeitos da pandemia do coronavírus.

Para economistas, mesmo com declínio o indicador permanece 53,5 pontos acima do recorde anterior à pandemia de Covid-19, de 136,8 pontos, em setembro de 2015.

Em nota, Anna Carolina Gouveia, economista da FGV Ibre, informou o seguinte:

“A redução da incerteza em maio, sinalizada anteriormente pela prévia do dia 13, sugere acomodação do Indicador em patamar elevado, ao devolver somente 21% da alta do bimestre março-abril.  Paralelamente, com a curva ainda ascendente de infectados no Brasil e as turbulências políticas, o cenário ainda conta com grandes incertezas em relação ao futuro, como sugere a alta adicional do componente de Expectativas, que mede a dispersão das previsões de mercado para variáveis da economia”.

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Indicador da economia: incerteza após a pandemia

indicador da economia
Indicador de Incerteza da Economia recua 20,2 pontos em maio Foto – Pixabay

A crise do coronavírus balançou a economia brasileira e a do mundo. E após a pandemia os reflexos podem ser ainda maiores. De acordo com o Relatório de Acompanhamento Fiscal da IFI do mês de maio e divulgado pelo Senado, foram divulgadas as piores estimativas para a recessão ao final de 2020.

No destaque para o relatório está o risco fiscal de políticas econômicas que criam gastos obrigatórios para além do horizonte de combate à pandemia.

Fora isso, a expectativa para o desempenho do PIB é de uma contração expressiva no segundo trimestre de 2020.

“A capacidade de recuperação depende da efetividade das ações de política econômica anunciadas para mitigar o risco de desestruturação da cadeia produtiva e de perda de renda e de capacidade de consumo da parcela vulnerável da população”, afirma a IFI.

O indicador da economia é o reflexo da pandemia do coronavírus, e as expectativas não são as melhores de acordo com especialistas.

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