O ministro da Educação Abraham Weintraub foi convocado pelo Senado Federal para explicar falas sobre um vídeo divulgado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, na sexta-feira (22). No vídeo, Weintraub criticou Brasília, pediu a prisão de ministros do STF e disse que odeia os termos ‘povos indígenas’ e ‘povo cigano’.
Leia também: Projetos para conter crise do coronavírus entram em pauta nesta semana
Senado autoriza convocação de Weintraub para explicar vídeo

Weintraub chamou os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de “vagabundos” e disse que queria prendê-los. Ademais, ainda falou que odeia os termos “povos indígenas” e “povo cigano” e classificou Brasília como “uma porcaria”, “um cancro de corrupção, de privilégio”. A convocação do Ministro da Educação é obrigatória e não tem data marcada.
A Constituição Federal define que, quando há convocação, o comparecimento da autoridade é obrigatório, e se não comparecer, Weintraub pode responder por crime de responsabilidade. Assim, os senadores aprovaram a convocação com base nestas três falas.
No requerimento da convocação, de autoria da senadora Rose de Freitas (Podemos-ES), o Ministro da Educação Abraham Weintraub foi citado dessa forma:”Atentou contra a dignidade dos integrantes da mais alta Corte do Judiciário brasileiro, agrediu a Capital da República e desprezou os povos indígenas, cuja integridade e cultura devem ser preservadas por preceito constitucional”.
Leia também: Coronavírus faz compras na internet disparar: valor pode ultrapassar os R$ 100 bi
Ministro do STF Marco Aurélio Mello defende a demissão de Weintraub
Para a TV Globo, o Ministro do STF Marco Aurélio Mello defendeu a demissão de Weintraub:
“Eu só posso atribuir a um arroubo de retórica, né? E cabia ao dirigente da reunião exercer o poder de polícia, evidentemente cortando a palavra dele e dizendo que a palavra em si era imprópria”, disse. “Se estivesse ocupando a cadeira de presidente da República, evidentemente não teria o estilo do presidente, eu pediria a ele pra pegar o boné e ir pra casa. Eu acho que, principalmente, como ministro da Educação, ele ficou numa situação muito ruim. Que educação é essa?”.
Leia também: Guedes estuda parcelar tributos que foram adiados em 2020