Weintraub fica calado em depoimento sobre ofensa a ministro do STF
Na sexta-feira (29), o ministro da Educação, Abraham Weintraub prestou depoimento à Polícia Federal (PF) sobre o vídeo que circulou na semana passada em que ofendia o ministro do STF. Porém, durante o depoimento à PF, Weintraub ficou calado.
É que a PF investiga ataques e ofensas aos integrantes da Corte. Weintraub chamou os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de “vagabundos” e disse que queria prendê-los. Ademais, ainda falou que odeia os termos “povos indígenas” e “povo cigano” e classificou Brasília como “uma porcaria”, “um cancro de corrupção, de privilégio”.
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Vídeo em reunião ministral

O vídeo com as ofensas foi gravado durante uma reunião ministral no Palácio do Planalto no dia 22 de abril, e foi divulgado por ordem do ministro Celso de Mello, relator do Inquérito 4.831, que investiga acusações de Sergio Moro contra o presidente da República, Jair Bolsonaro.
Weintraub foi convocado a prestar depoimento por ordem do ministro Alexandre de Moraes, que conduz o caso na suprema corte. Mas na ocasião, Weintraub não respondeu às perguntas, e só se manifestou para citar seu direito constitucional de permanecer calado.
Moraes deve decidir sobre o futuro do ministro de Estado no inquérito.
Para a TV Globo, o Ministro do STF Marco Aurélio Mello defendeu a demissão de Weintraub:
“Eu só posso atribuir a um arroubo de retórica, né? E cabia ao dirigente da reunião exercer o poder de polícia, evidentemente cortando a palavra dele e dizendo que a palavra em si era imprópria”, disse. “Se estivesse ocupando a cadeira de presidente da República, evidentemente não teria o estilo do presidente, eu pediria a ele pra pegar o boné e ir pra casa. Eu acho que, principalmente, como ministro da Educação, ele ficou numa situação muito ruim. Que educação é essa?”.
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