Reajuste do plano de saúde; mensalidades podem aumentar 40%, diz estudo

Reajustes em planos de saúde podem superar 40% para clientes acima de 59 anos

Franca, sexta-feira, 3 de junho – A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) autorizou o reajuste da mensalidade dos planos de saúde familiares e individuais em até 15,5%, essa taxa é um recorde desde o ano 2000. Porém, o aumento pode ultrapassar 40% para os clientes. Isso ocorre porque além do reajuste anual, as operadoras podem reajustar as mensalidades de acordo com a faixa etária do contratante até os 59 anos, onde não há mais autorização para aumentos.

De antemão, a página Valor Diário vai trazer para você as informações sobre o esse cálculo feito por especialistas da USP e UFRJ. Eles se basearam em dados da própria ANS que pela primeira vez divulgou valores comerciais dos convênios e operadoras.

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Plano de saúde pode aumentar mais de 40% para o idoso

Para aqueles que, esse ano, trocaram para a última faixa etária do plano de saúde, ou seja, que completam 59 anos até abril de 2023, a alta dos preços pode chegar a mais de 43%. Isso segundo a média calculada com base em 3.500 planos de saúde de 468 operadoras existentes no Brasil.

De acordo com as regras da ANS, existem 10 grupos etários, e dessa forma, quando há transição de idade a operadora tem o direito de subir o preço. Sendo assim o aumento ficou estabelecido da seguinte forma: para crianças e adolescentes, o reajuste é de 15,5%. Para os outros sete grupos de idade, as taxas variam entre 25,3% (34 a 38 anos) e 43,1% (59 anos ou mais).

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Medida não afeta planos de saúde empresariais

Reajuste do plano de saúde; mensalidades podem aumentar 40%, diz estudo - Reprodução: Canva
Reajuste do plano de saúde; mensalidades podem aumentar 40%, diz estudo – Reprodução: Canva

A princípio os planos de saúde coletivos, aqueles contratados por empresas, sindicatos e associações devem ser negociados diretamente e não estão sob controle da ANS.

Se considerarmos todas as modalidades de plano (individuais, familiares e coletivos), estima-se que  existam cerca de 6 milhões de clientes nas idades de transição.

Segundo Mario Scheffer, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), as taxas são “inaceitáveis”, principalmente “nesse momento de recessão econômica e perda de poder aquisitivo” da população. “Os idosos estão sendo expulsos de forma pecuniária da saúde suplementar. A pessoa paga o plano a vida inteira e quando chega aos 59 anos, e mais precisa, não consegue arcar com os custos mais”, afirma segundo o site da revista IstoÉ Dinheiro em matéria publicada no dia 1 de junho de 2022.

O que diz a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge)?

Por outro lado, a Abramge argumenta que grande parte dos contratos dos planos coletivos empresariais não prevê reajuste por esse parâmetro. E sendo assim, uma grande parcela da população ainda ficará de fora desse aumento.

Para finalizar, assista à reportagem do canal Jovem Pan News, onde o deputado Sanderson fala um pouco sobre as medidas contra o aumento nos planos de saúde.

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