Em tempos de medo, angústias, incerteza sobre o futuro é comum perder as esperanças. Mas a pandemia do coronavírus mesmo com todo o medo que trouxe e mudanças, mostra que a esperança ainda faz parte do vida do ser humano.

Vamos contar a história de um menino do interior de uma cidade do Estado Rio Grande do Sul que sonha em ser policial militar. Ele realizou o sonho ao ganhar uma farda mirim e mantimentos para a sua família. Uma história de sonhos e esperanças para um futuro melhor.

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Um sonho de uma criança realizado: ser policial da brigada militar

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Esperança e sonhos: em meio a pandemia há sempre histórias surpreendentes Foto – 35º BPM de Cachoeira do Sul

Na tarde de segunda-feira (8/6) policiais militares de Cachoeira do Sul, no Estado do Rio Grande do Sul receberam a visita de Luis Fernando e seu filho de 9 anos, Iuri Fernando Santos da Trindade, que foram recebidos pelo Comandante do 35º Batalhão de Polícia Militar (35°BPM), major Rodrigo Righes Sartori.

Em conversa com a redação do Valor Diário, no dia 13 de junho, o major Sartori falou um pouco desse momento e como tudo aconteceu.

Ele relatou que chegou a informação sobre o menino Yuri pelo sargento Paraguaçu. Esse sargento em contato e passando por alguns locais de maior vulnerabilidade, chamou atenção o menino que sempre abanava para as viaturas. E, em contato com o pai dele, relatou que o menino de 9 anos era apaixonado pela brigada militar e tinha o sonho de ser policial militar.

“O sonho era tanto que o menino até chorava inclusive quando algum policial tinha sido morto. Era extremamente apaixonado pela atividade e pela figura do policial militar”, nos contou o major.

Ajuda de todos para a realização desse sonho

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Esperança e sonhos: em meio a pandemia há sempre histórias surpreendentes Foto – 35º BPM de Cachoeira do Sul

Já no quartel o sargento relatou ao major a situação difícil do menino Yuri e de sua família. Então a brigada militar decidiu dar algum presente.

“Mandamos fazer uma farda com alguns dos acessórios, dos apetrechos que se tem nela. Como coturno, o nome que vai fardado, a boina e o próprio coturninho. E começamos a desenvolver a ideia de fazer uma entrega oficial no quartel e não na casa dele”.

Aliado a isso, e ainda neste período de vulnerabilidade decidiram ajudar a famílias com mantimentos. O pai está desempregado, a mãe está doente e também desempregada. Nesse sentido, os policiais se reuniram em busca de ranchos e de alimentos para que a família pudesse ter um pouco mais de alívio. Logo, foi decidido realizar essa surpresa.

O major também contou a redação que o hábito de ajudar já é muito comum no 35º Batalhão de Polícia Militar (35°BPM), na cidade de Cachoeira do Sul (RS).

“Durante esse período de pandemia nós de Cachoeira do Sul já entregamos mais de 150 ranchos, coletando alimentos de terceiros, do nosso próprio bolso para ajudar as famílias. É uma prática que está sendo bem permanente durante esse período”, confessou o major.

O major ainda contou que poder ajudar é sempre gratificante e que o caso do menino Yuri o emocionou muito:

“Foi um dos atos que mais me marcaram na história de 27 anos de corporação. Eu me emocionei porque muitas vezes em outras ações de cunho policial e que se salve a vida de alguém ou se tem uma ação para evitar algo mais danoso, não se tem tanto carinho quanto daquela criança. E por se tratar de criança sabemos que é sem interesse, é ingênuo, é puro. E isso nos traz aquele sentimento infantil de que se vale a pena ter sonhos”.

Ao menino Yuri também foi falado que todos estão dispostos a colaborar para que esse sonho se torne realidade. “Ver a alegria nos olhos dele é a maior recompensa”, confessou o Major Sartori.

Na entrega da farda de Yuri, ele andou de viatura, se fardou no quartel na sala do major. Todos pararam o expediente para que tivessem próximos e fossem participar daquele momento. “Foi algo importante pra nós  e emblemático”.

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