Belo Horizonte, terça-feira, 17 de maio, por Saulo Teixeira Rosa – A Braskem (BRKM5), maior produtora mundial de resinas termoplásticas, registrou lucro líquido de R$ 3,88 bilhões no primeiro trimestre, alta de 56% na comparação anual, apesar da queda nos resultados operacionais.
A redução dos spreads petroquímicos, o menor volume de vendas no Brasil e a valorização do real pressionaram os números da empresa no período. Portanto, o site Valor Diário teve acesso aos relatórios financeiros da Cia para avaliar os resultados sobre o preço da ação.
Resultados do 1º trimestre da Braskem
Essas pressões foram compensadas na última linha do balanço por ganhos com variações de derivativos que totalizaram mais de R$ 3,3 bilhões no período. Com isso, o resultado positivo de fluxo de caixa foi de R$ 1,4 bilhão. A Petroquímica teve prejuízo financeiro de R$2,67 bilhões no primeiro trimestre de 2021.
Contudo, de janeiro a março, a receita líquida da Braskem atingiu R$ 26,7 bilhões, um aumento anual de 18%. O Ebitda caiu 30% na mesma comparação, para R$ 4,85 bilhões, devido ao fortalecimento do real e menores spreads em químicos e resinas no Brasil, polipropileno nos EUA e na Europa, e polietileno no México.
Nesse período, a empresa consumiu R$ 176 milhões em caixa, ante R$ 2,14 bilhões em geração de caixa no ano anterior. Em dólares, a alavancagem financeira da Braskem, medida pela relação entre dívida líquida ajustada e Ebitda recorrente, foi de 1 pela primeira vez em março.
Entretanto, a geração de caixa da Braskem foi de R$ 467 milhões de receita no primeiro semestre. Principalmente, o aumento da geração de caixa foi em função do Ebitda do trimestre e da monetização de créditos de PIS/COFINS em cerca de R$559 milhões.
Por fim, a dívida líquida ajustada da empresa era de R$ 4.618 bilhões ao final de março de 2022, um aumento de 68% em relação ao mesmo período de 2021. Em março/22, portanto, o indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida ajustada/Ebitda, estava em 1,07, abaixo dos 0,84 no mesmo período de 2021.

Motivos da queda no EBITDA
Finalmente, de acordo com a Braskem, a queda no Ebitda deve – se à normalização dos spreads internacionais dos principais produtos químicos, como PE e PP no Brasil, PP nos Estados Unidos e PE no México; menor volume de vendas de resinas no Brasil e PP na Europa; e valorização de 4,4% do real frente ao dólar.
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