O Senado aprovou o adiamento do ENEM por meio de um Plenário virtual realizado nessa terça-feira. A votação foi esclarecedora e as provas serão adiadas devido à pandemia do Coronavírus e os prejuízos que o isolamento social vem causando.

Decisão do Senado pelo adiamento do ENEM
A princípio, as provas do ENEM estavam prevista para acontecerem no dias 1º e 8 de Outubro em sua versão presencial e nos dias 22 e 29 de novembro na versão digital. Porém, devido à pandemia, estudantes de todo o Brasil tiveram suas aulas canceladas.
De antemão, a suspensão das provas deu-se através da proposta PL 1.277/2020, criada pela senadora Daniella Ribeiro. A proposta afirma que a partir do momento em que o estado de calamidade é reconhecido pelo Congresso Nacional, o acesso ao ensino superior seja automaticamente prorrogado.
Votação do Senado
Nesse ínterim, 76 senadores participaram da votação para o adiamento do ENEM. Dentre eles, o resultado foi de 75 a favor do adiamento e 1 contra, do senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente. Agora, a proposta passa para a Câmara dos Deputados realizar a sua análise.
Motivos para a criação da proposta
De acordo com a senadora Daniella Ribeiro, o isolamento social e o cancelamento das aulas presenciais prejudica uma população de estudantes mais vulneráveis financeiramente. As aulas on-line não foram uma medida criada para todos e muitos não conseguem estudar durante o atual estado de calamidade.
Atualmente, grande parte da população brasileira ainda não tem acesso à internet. Por isso, as oportunidades de ingresso no ensino superior não são as mesmas entre estudantes do ensino privado e do ensino público.
Inscrições e novas datas
Em contrapartida, mesmo com o adiamento do ENEM, as inscrições já estão em processo e têm prazo final para o próximo dia 22 de Maio. Em síntese, já são cerca de 4 milhões de inscritos e, para a versão digital da prova, as vagas já foram totalmente preenchidas.
Ainda não foram divulgadas as novas datas para a realização das provas. De acordo com Davi Alcolumbre, presidente do Senado, a decisão de que não houvesse uma data determinada foi um acordo entre a maioria dos senadores.