Consumo de erva-mate aumenta na pandemia
Um dos hábitos dos gaúchos é tomar chimarrão. Verão ou inverno é possível ver a cuia, erva-mate e a térmica companheira dos gaúchos. No inverno este hábito aumenta devido as temperaturas mais frias, mas com a pandemia entidades tem notado uma procura maior da erva-mate principalmente ao fato de muitas famílias estarem tomando chimarrão de forma individualizada.
A Madrugada Alimentos, fabricante de erva-mate em Venâncio Aires, distante 30 km de Santa Cruz do Sul, afirmou que notou um aumento nas vendas. O mesmo ocorreu em mercados e lojas que comercializam o produto que não pode faltar no cotidiano dos gaúchos.
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Tomar chimarrão: uma tradição
Bianca Bassani, 25 anos, que mora em Santa Cruz do Sul (RS), mas que é natural de São Luiz Gonzaga, região das missões, e que por lá há um cultivo forte da tradição gaúcha, afirma que o chimarrão pra ela “é um momento sagrado que faz parte do meu dia a dia e que não pode faltar”.
Sobre o consumo da erva-mate durante a pandemia, ela confirma que aumentou: “Aumentei, antes era apenas 1 vez ao dia. E o fato de estar em casa por mais horas do dia acabou que o consumo aumentou para duas vezes por dia, pela manhã e a tardinha”.
Bianca afirma que o hábito do chimarrão “significa um momento sagrado, onde cultivo minhas tradições. Este hábito está enraizado em mim desde criança, que foi passado pelos meus familiares”, explicou.
O consumo da erva-mate durante a pandemia também está relacionado ao fato de mais pessoas estarem em casa e por maior período.
Mas uma das recomendações e medidas de prevenção para evitar o contágio do coronavírus é não compartilhar objetos pessoais, como copos, talheres e toalhas, e até mesmo a cuia. Por isso, muitas famílias estão optando em tomar seu chimarrão de forma individualizada, ou seja, cada um com seu chimarrão.
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